
Perfil Socioeconômico das Famílias da Escola Carmelina de Castro
A Escola Carmelina de Castro realizou um levantamento socioeconômico com as famílias de nossos alunos para compreender melhor o perfil da nossa comunidade escolar. A pesquisa contou com 129 respostas e nos trouxe informações importantes sobre a realidade dos estudantes e suas famílias. Esses dados podem orientar estratégias pedagógicas e assistenciais para atender melhor às necessidades da comunidade.
Análise dos dados
Analisando os dados, tivemos distribuição uniforme entre os anos, sendo que cerca de 3/4 das famílias tem como responsáveis legais ambos mãe e pai, com 46,5% deles tendo entre 31 a 40 anos e 34,9% entre 41 a 50 anos, um envelhecimento quando comparado com os dados de 2023, onde tínhamos 49,2% dos responsáveis entre 31 a 40 e 29,6% entre 41 a 50.
Na escolaridade, observa-se um aumento na desigualdade entre os responsáveis, com o ensino superior completo e pós-graduação avançando de 8% e 6% respectivamente para 15,5% e 7,8%, e o nunca estudou e ensino fundamental incompleto indo de 0% e 11,1% para 0,8% e 13,2% respectivamente.
O ramo profissional observado foi sobretudo no comércio e serviço (41,9%), seguido do lar (21,7%), com cerca de metade das famílias tendo 2 pessoas contribuindo com a renda mensal e 40,3% com apenas 1, sendo que a renda mensal da família se mostrou uniformemente distribuída nas faixas até 1, de 1 a 2, de 2 a 3, de 3 a 4 e acima de 4 salários mínimos.
Das famílias, cerca de 1/4 recebe auxílio do governo, com a Bolsa Família sendo o mais presente.
A maioria das famílias não possui nem computador nem impressora, com mais da metade dos responsáveis utilizando as redes sociais (54,3%), seguido da televisão (32,6%) como principais fontes de informação.
Com relação à residência, a maioria mora nos entornos da escola, com predominância do Jardim Cristina, Parque Universitário, Vila Aeroporto, Recanto do Sol e Jardim Uruguai.
Nas casas moram em média de 3 a 4 pessoas, com 51,2% das/dos estudantes se autodeclarando de raça/cor negra* (41,9% parda e 9,3% preta), 48,1% branca e os demais amarela, demonstrando aumento na autodeclaração de raça/cor negra de 2023 (43,7% pardo e 6% preto), sem no entanto aparecer indígena nas respostas de ambos os anos.
A religião predominante observada foi o Cristianismo evangélico (46,5%) e católico (32,6%), com 8,5% se declarando sem religião, 7,8% outras, 3% Espiritismo e 3% Umbanda.
Como assunto mais discutido em família, a educação perdeu relevância quando comparado a 2023, indo de 50,3% para 31%, crescimento este observado no item outros, indo de 10% para 34,1%.
Como principal forma de lazer temos como respostas as famílias indo em parques (34,9%) e no shopping (27,1%).
Conclusão
A pesquisa socioeconômica realizada pela Escola Carmelina de Castro permitiu um mapeamento detalhado das características das famílias que compõem a comunidade escolar. Os dados coletados demonstram a diversidade racial, religiosa e econômica dos alunos e seus responsáveis, além de revelar padrões de residência, acesso à informação e condições de vida.
A predominância de responsáveis em idade economicamente ativa (31 a 40 anos) e a concentração da renda em até dois salários mínimos reforçam a necessidade de políticas de apoio que considerem a realidade socioeconômica das famílias. A baixa posse de computadores e impressoras evidencia possíveis desafios para o ensino digital, enquanto o uso predominante das redes sociais como fonte de informação sugere um caminho para maior engajamento da escola com as famílias por meio desses canais.
Orientação de Yeda Endrigo Rabelo de Carvalho